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Um filhote de gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) foi resgatado pela equipe do Corpo de Bombeiros no quintal de uma casa no Bairro Alto Nelândia, na cidade de Tauá, no interior do Ceará. A corporação divulgou o resgate nesta segunda-feira (2).
O animal resgatado faz parte da menor espécie de felino do Brasil, possuindo porte e proporções corporais semelhantes ao gato doméstico (Felis silvestris catus). Além disso, na lista nacional de espécies ameaçadas, o gato-do-mato-pequeno foi considerado como vulnerável.
Segundo os agentes, o filhote resgatado será encaminhado para um zoológico e com isso ele perde o seu papel na natureza, tanto para reprodução quanto para equilíbrio da cadeia alimentar.
Isso acontece, conforme os bombeiros, porque os filhotes adquirem aprendizado de caça e sobrevivência com a mãe, por isso só podem ser soltos novamente na natureza caso venha a ter algum programa de reintrodução e monitoramento que comprove que será bem-sucedida sua soltura no habitat.
Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o resgate de filhotes é relativamente comum, pois caçadores matam a mãe na tentativa de domesticar o animal e acabam desistindo, optando por abandonar ou entregar para os órgãos responsáveis. Além disso, as pessoas retiram os animais da natureza por falta de conhecimento.
O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) resgatou 5.217 animais silvestres em 2020. Já em 2019, foram 3.919 resgates.
Os animais silvestres são protegidos pela Lei dos Crimes Ambientais e os bombeiros destacam os cuidados que se devem ter ao encontrar um animal destes.
“Primeiro, mantenha sempre distância do animal; não tente capturá-lo para não ferir ou machucá-lo. Em seguida, acione uma equipe do Corpo de Bombeiros para fazer o resgate, ligando o número 193. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, inclusive em fins de semana e feriados”.
No caso de animais silvestres em vias de tráfego de veículos, os bombeiros orientam aos condutores que reduzam a velocidade ou parem o veículo. “Assim, poderá evitar acidentes e não machucar o animal, na maioria dos casos, levando-o a morte”.
Também é importante cercar cacmbas e valas para garantir a segurança dos animais. “… recomendamos que os poços, valas e cacimbas devem estar cercados, sinalizados e tampados para se evitar situações de acidentes. Os animais são curiosos e não tem noção do perigo”.
Por G1 CE