Vanessa tem 28 anos e é natural de Fortaleza. Ela é escritora, professora de escrita literária, consultora literária, produtora cultural e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará.

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A Filha Primitiva foi o primeiro romance escrito pela cearense, que é autora de outras produções textuais, como Manual de Estilo e Criação Literária Com a Artesã Lygina Bojunga, Fábrica de Histórias e A Mulher Mais Amada do Mundo.

“O prêmio traz uma visibilidade muito grande para o livro. A gente sabe que no mercado editorial o eixo Rio-São Paulo é muito privilegiado nesse sentido. Então, poder fazer com que o prêmio chegue a outro estado é abrir caminho para outras escritoras e escritores”, declara a escritora.

“O livro parte muito da minha observação. Eu costumo dizer que o cotidiano é um solo fértil para a ficção”, diz Vanessa.

A sinopse do livro apresenta a história como “de amor e ódio, violência e redenção”. “Ambientada em Fortaleza, o livro traz luz e sombra para uma geração de mulheres: avó, mãe e filha — unidas pela dor e pelo abandono, separadas pela fé, pelo ceticismo e pelos segredos que guardam”, apresenta.

“É uma narrativa que traz personagens femininas, que vivenciam dores muitos grandes. Temos também um espaço fora do espaço central, porque se passa em Fortaleza, no Ceará, então tem também a questão da ambientação do livro”, complementa a autora.

Ela começou a escrever A Filha Primitiva em 2017. “Eu comecei a perceber que existem traumas que existem dentro de gerações de uma mesma família, que vão passando de vó para mãe, de mãe para filha”, explica Vanessa.

Com a vitória no prêmio, o livro vai ganhar uma versão impressa publicada pelo Grupo Editorial Record e também uma versão em audiolivro, disponível para mais de 180 países.

Ela agradece também porque, da maneira como o prêmio é organizado, a produção já ganha visibilidade pela autopublicação. O livro A Filha Primitiva, antes de ser campeão, já contava com 500 avaliações na plataforma de vendas.