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Até esta quinta-feira (17), 8,2 mil litros de óleo foram recolhidos das praias do litoral cearense, conforme a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). As manchas têm aparecido desde o dia 25 de janeiro, quando o primeiro registro foi feito na praia de Canoa Quebrada, município de Aracati. Desde então, em pelo menos 60 praias de 13 municípios, incluindo Fortaleza, já foram constatados os vestígios do piche.
Até o momento, a superintendência contabiliza a coleta de 41 tambores dos municípios, sendo 20 de Caucaia, 16 de Aracati, quatro de Trairi e um de Fortaleza. Tais cidades incluem praias famosas, como Cumbuco, Canoa Quebrada e Flexeiras. Na capital, foram afetadas as praias do Futuro, Sabiaguaba, Barra do Ceará, entre outras.
O município de Fortim e a ONG Verde Luz, que também auxilia nos trabalhos, entregaram 4kg e 5 kg de material, respectivamente.
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Nessa quinta-feira (17), 28 tambores cheios foram transportados pela Semace para a incineração. A ação também contou com apoio da empresa Marquise, que forneceu 20 tambores, além de mão de obra.
A previsão da Semace é que na próxima semana seja feito o recolhimento nos municípios de Aquiraz, Paracuru, São Gonçalo, Trairi (que fará novas coletas no sábado), Paraipaba e Itapipoca.
As manchas de óleo que voltaram a aparecer em janeiro deste ano no litoral cearense continuam avançando pelo litoral oeste. Os últimos registros foram verificados na terça-feira (15), no município de Amontada. Na cidade, ficam destinos turísticos nacionais, como Icaraizinho e Moitas.
Ao todo, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) já contabiliza 60 praias de 13 municípios com o aparecimento de piches.
O titular da Secretaria de Meio Ambiente de Amontada, Cândido Neto, informou que encontrou vestígios oleosos na praia de Caetanos de Cima, mas a quantidade, conforme ele, era inferior a 100 gramas. Por isto, a prefeitura irá realizar novo monitoramento durante a tarde para analisar se há mais resquícios do material.
As causas do desastre ambiental ainda são desconhecidas. Pesquisadores ainda tentam descobrir o que provocou o derramamento, mas já descartaram hipóteses como resquícios do desastre ambiental de 2019 e relação com a erupção do vulcão em Tonga.
De acordo com a bióloga Alice Frota, integrante do Coletivo Verdeluz, as manchas de óleo são tóxicas e põem em risco a vida marinha. Ainda não há registros de problemas de saúde em banhistas registrados no Ceará em decorrência do óleo.
Manchas de óleo registradas no Ceará até 14 de fevereiro de 2022. — Foto: Reprodução
Aracati – Cumbe, Canoa Quebrada, Majorlândia, Quixaba, Fontainha e Lagoa do Mato;
Fortim – Praia Canoé e Praia do Forte;
Beberibe – Praia do Parajuru e Prainha do Canto Verde;
Cascavel – Barra Nova, Barra Velha, Águas Belas e Caponga;
Aquiraz – Porto das Dunas, Japão, Prainha, Marambaia, Praia Bela, Praia do Presídio, Praia do Iguape, Praia do Barro Preto e Praia do Batoque;
Fortaleza – Praia da Abreulândia, Sabiaguaba, Praia do Futuro, Cais do Porto/Serviluz, Praia da Leste Oeste e Barra do Ceará;
Caucaia – Praia do Cumbuco; Cauípe, Icaraí, Tabuba e Iparana;
São Gonçalo do Amarante – Praia da Taiba, Pecém, Barramar e Colônia;
Paracuru – Praia do Quebra Mar, Praia Pau Enfincado, Vapor, Piriquara, Pedra Rachada, Praia do Canto, Praia das Almas, Boca do Poço, Ronco do Mar, Praia da Munguba/Farol e Praia da Barra;
Paraipaba – Praia de Lagoinha, Porto Velho, Capim Açú;
Trairi – Praia de Cana Brava, Guajiru, Emboaca, Flexeiras e Mundaú;
Itapipoca – Praia de Tremembé, Praia das Pedrinhas e Praia da Baleia;
Amontada – Praias atingidas ainda não foram confirmadas.
No informe diário da Sema, há a informação de que a ONG AQUASIS relatou aparecimento de manchas de óleo na praia de Picos, em Icapuí, no extremo leste do Ceará. Contudo, a equipe de acompanhamento comunicou a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho, Agricultura, Meio Ambiente e Pesca de Icapuí (SEDEMA) que foi a campo e não confirmou a presença do material.
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) criou um grupo de trabalho com gestores municipais, cientistas e órgãos de monitoramento e ambientalistas para identificar os locais de forma rápida e coordenar as atividades de investigação e de limpeza.
As praias que estão apresentando vestígios oleosos estão sendo limpas pelas prefeituras, que recolhe o material e o encaminha para a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O que for reunido é encaminhado à Companhia de Cimento Apodi.
Municípios costeiros sem óleo nas praias:
o Ceará no g1