A partir de agora a comissão responsável pelo processo de beatificação vai trabalhar na análise de documentos, juntar provas e estudar milagres. É preciso apenas um milagre atribuído ao padre Cícero para ele ser reconhecido pelo vaticano como beato.

“Existe uma vasta literatura que trata da figura do padre Cícero em vários aspectos, agora é hora de compor a sua biografia a partir das fontes para a partir daí toda informação que comprove as suas virtudes e que ele tenha vivido essas virtudes em grau heroico. Esse é o nosso principal trabalho de agora em diante. Os fiéis já podem procurar a Basílica de Nossa Senhora das Dores para comunicar as graças. E sobretudo, ajuda se vierem documentadas para um futuro processo de reconhecimento de milagre, é preciso que seja algo cientificamente reconhecido”

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O coordenador do processo de beatificação é o italiano Paolo Vilotta, o mesmo postulador que esteve à frente da causa de Santa Dulce dos Pobres. Ele acompanha mais de 30 causas pelo Brasil.

“Há várias comissões para pesquisar, recolher e apresentar a verdade do padre Cícero. A finalidade de uma causa de beatificação é a verdade. Aqui há a possibilidade muito grande de manifestar, de colocar na frente de todo o mundo, porque é um personagem público enorme, não somente no Brasil, mas na Europa também é muito conhecido”, afirma Paolo Vilotta

O processo de beatificação na igreja católica foi autorizado pelo Vaticano em agosto. Padre Cícero Romão Batista é considerado “santo popular” para milhares de fiéis católicos. Todos os anos, as romarias em homenagem a ele atraem milhões de romeiros a Juazeiro do Norte.

Em 2015, o Vaticano atendeu ao pedido do bispo dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a reconciliação, não havia mais impeditivos para a abertura do processo de beatificação.

Por Claudiana Mourato, g1 CE