Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Ceará tem o mês de março mais chuvoso desde o ano de 2008, diz Funceme. — Foto: Fabiane de Paula/SVM
O Ceará tem o mês de março mais chuvoso desde o ano de 2008, de acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Até esta quinta-feira (30), um dia antes de o mês acabar, o estado soma 289 milímetros em volume de chuva. Há 15 anos, foram 332 milímetros (confira o ranking abaixo).
As fortes chuvas têm provocado alagamentos, desabamentos e destruições de estradas no Ceará. Chove na capital, mas as precipitações mais fortes são registradas no interior do estado.
Em entrevista ao g1, o meteorologista Bruno Rodrigues explicou que neste mês ocorre a presença do principal sistema meteorológico indutor de chuvas: a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Ela tua próximo ao norte do Nordeste do Brasil (NEB), onde o Ceará está localizado; o fenômeno colabora com maiores acumulados de chuva.
“A explicação para anos em que esse mês é chuvoso, em sua maioria, está associada à condição dos oceanos Pacífico e Atlântico, bem como da atuação da ZCIT. No Pacífico, a La Niña (águas superficiais mais frias no oceano Pacífico equatorial), colabora para chuvas no norte do Nordeste do Brasil no período chuvoso (fevereiro a maio), enquanto o oceano Atlântico necessita estar mais aquecido no hemisfério sul junto à costa norte do Nordeste do Brasil (NEB)”, explicou Bruno.
LEIA TAMBÉM:
Segundo o meteorologista, neste mês de março, com relação ao oceano Pacífico, houve a transição de uma condição de La Niña (águas superficiais mais frias no oceano Pacífico equatorial) para a neutralidade, com condições de normalidade das águas superficiais do oceano Pacífico equatorial.
“Embora isso tenha ocorrido, ainda é possível observar influências positivas do oceano Pacífico nas chuvas que ocorrem no norte do Nordeste brasileiro. Já com relação ao oceano Atlântico, observou-se um maior aquecimento nas proximidades da costa norte do Nordeste brasileiro, o que favoreceu o posicionamento da ZCIT, e consequentemente contribuiu para chuvas mais regulares e altos acumulados de chuva, especialmente a partir da segunda quinzena de março”, pontuou.
o Ceará no g1