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Ceará tem 60 açudes sangrando, mais que o dobro de abril de 2022

Doze açudes têm volume acima de 90%, e 37 açudes estão menos de 30% da capacidade máxima.

O Açude Orós, por exemplo, chegou a 4,7% no começo de 2020 e, agora, já se encontra com 58,40%, melhor número desde março de 2013. — Foto: Cogerh/Divulgação

O Açude Orós, por exemplo, chegou a 4,7% no começo de 2020 e, agora, já se encontra com 58,40%, melhor número desde março de 2013. — Foto: Cogerh/Divulgação

O número de reservatórios com a capacidade máxima no Ceará em abril deste ano é o dobro do registrado em igual período de 2022. Os dados são da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Neste ano, o estado tem 60 açudes sangrando; doze açudes estão com volume acima de 90%, e 37 têm menos de 30% da capacidade.

Em 2022, o Ceará tinha somente 26 reservatórios sangrando. O ano de 2011 foi o último ano que esta marca foi atingida e superada. Naquele ano, 67 açudes sangraram, dentre os 135 que eram monitorados.

A única vez que este valor foi superado nesta data foi em 2004.

Situação hídrica do estado

Hoje volume de 8,61 bilhões de metros cúbicos (46% da capacidade total). É a maior reserva armazenada desde janeiro de 2013. No começo deste ano, o percentual era de 31,4%.

As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana e Baixo Jaguaribe estão em situação “muito confortável”, segundo a Cogerh, com volumes acima de 70%. Já as regiões do Salgado, Serra da Ibiapaba e Alto Jaguaribe estão na zona “confortável”, com mais de 50% das reservas.

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Enquanto isso, as regiões do Curu, Sertões de Crateús e Médio Jaguaribe se mantêm em estado “crítico”, todas abaixo dos 30% de volume apesar dos bons aportes.

De acordo com a Cogerh, a Bacia do Banabuiú passou de situação “muito crítica” (reservas abaixo de 10%) no começo deste ano para “em alerta” (entre 30% e 50%) nesta segunda-feira (10), percentual alcançado pela última vez em setembro de 2013. As recargas são um alento para a região que há pelo menos uma década convivia com insegurança hídrica em função do prolongado período de estiagem.

Do início do ano até hoje, foram quase 600 milhões de metros cúbicos de aporte na bacia, sendo o segundo maior aporte do Estado. Todos os 19 açudes monitorados na bacia do Banabuiú estão em condições melhores do que estavam no início do ano.

Castanhão, Orós e Banabuiú

Os três maiores açudes cearenses seguem com bons aportes, atingindo os maiores níveis dos últimos anos. O Açude Orós, por exemplo, chegou a 4,7% no começo de 2020 e, agora, já se encontra com 58,40%, melhor número desde março de 2013.

O Açude Banabuiú chegou a estar praticamente seco entre 2015 e 2018, no auge da seca, e hoje possui 33,05%, marca vista pela última vez em outubro de 2013. A reserva mais que triplicou em menos de um mês em 2023.

Já o gigante Castanhão estava com 2,1% em 2018, mas continua recuperando volume, que agora bate 28,66%, maior percentual desde dezembro de 2014.

Castanhão estava com 2,1% em 2018, mas continua recuperando volume, que agora bate 28,66%, maior percentual desde dezembro de 2014. — Foto: Cogerh/Divulgação

Castanhão estava com 2,1% em 2018, mas continua recuperando volume, que agora bate 28,66%, maior percentual desde dezembro de 2014. — Foto: Cogerh/Divulgação

o Ceará no g1

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