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Construção de usina é aprovada por conselho de meio ambiente — Foto: Governo do Ceará/Divulgação
A usina de dessalinização da água do mar na Praia do Futuro, em Fortaleza, que teve projeto aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), não representa risco para a estabilidade da internet, garantiu Neuri Freitas, presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
Em entrevista à TV Verdes Mares, Freitas disse que essa discussão ‘já foi superada’ e que agora todos se concentram em articular como será a execução da obra.
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Após aprovação no conselho ambiental, o próximo passo é a apresentação do projeto à Superintendência do Patrimônio da União (SPU), que deve autorizar o acesso do empreendimento ao mar da Praia do Futuro.
A usina se tornou ‘polêmica’ após empresas que vendem serviços de internet no Brasil temerem que a construção possa causar um apagão digital em todo o país, já que a tubulação de água
‘Toda essa discussão de internet, de derrubar, isso está totalmente superado. A gente tem que pensar em quando a planta vai funcionar e acabar com esse boato de derrubada da internet no país (…) A discussão é só como executar (o projeto) com acompanhamento das telefônicas para que eles se sintam mais seguros’, reforçou o presidente.
Ainda de acordo com a Cagece, a usina de dessalinização tem previsão de dois anos de obra. A expectativa é que no primeiro semestre de 2026 ela já esteja entregando água nos reservatórios do Morro Santa Terezinha e próximo da Praça da Imprensa no Bairro Dionísio Torres. A finalidade é funcionar como uma fonte alternativa de água, visando diminuir risco de escassez do serviço, comentou o presidente da Cagece.
‘Vai diminuir pressão sobre mananciais, barragens, açudes. Qualquer questão tarifária é discutida em momento posterior. Só depois que a dessalinização tiver em andamento entra na questão de tarifa’, esclareceu, ainda, Neuri Freitas.
Inicialmente, o projeto previa que a torre de captação de água da usina, que fica no fundo do mar, passaria sobre alguns cabos. Em um segundo momento, o local de instalação da usina foi desviado, o que continuou gerando temor por parte das empresas de internet.
Em um terceiro projeto, a Cagece afirma que a estrutura da usina passa a 500 metros da rede de fibra ótica (confira a imagem abaixo).
Projeto atual da usina de remoção do sal da água do mar em Fortaleza — Foto: Reprodução
Ainda conforme a Cagece, já existe um grupo de trabalho reunindo a companhia, o Governo do Ceará, Anatel e telefônicas para debater o andamento da obra.
Neuri reforçou que o receio sobre apagão digital está descartado:
‘No continente já é muito comum, pois os cabos já entram no continente. Já temos no continente rede de água, rede de esgoto, rede de gás, drenagem. Vamos ter mais uma tubulação de água’.
Usina terá torre submersa para captar água do mar a 14 metros de profundidade — Foto: SPE Águas de Fortaleza/Reprodução
Empresas que vendem serviços de internet no Brasil, mesmo após aprovação do conselho, ainda temem que a usina possa causar um apagão digital em todo o país.
Fabio Augusto Andrade, vice-presidente de relações institucionais da Claro, disse que o posicionamento da empresa não muda:
‘Nossos questionamentos não são ambientais, são técnicos. Esse projeto beira à irresponsabilidade. Esse distanciamento de 500 metros é muito pouco para lançar cabos novos. A gente continua dizendo que vai faltar internet no Brasil, América Latina e grande parte do mundo. Estamos questionando o olhar técnico’, disse ao g1.
A Anatel também informou que não muda seu posicionamento e que ainda realiza uma análise do projeto; o documento ainda não foi lançado.
Por g1 CE