Após grande repercussão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, alegou, nesta segunda-feira (13), desconhecimento das reuniões realizadas em seu Ministério entre seus secretários e uma integrante do Comando Vermelho. O comunista, por meio de uma publicação em suas redes sociais, transferiu a responsabilidade ao secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz.
A figura em questão é Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, atualmente cumprindo pena de 10 anos por organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.
Além disso, a Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, um dos líderes do Comando Vermelho, condenado a 31 anos de prisão. Tio Patinhas, como é conhecido, é considerado pela inteligência da Polícia Civil como altamente perigoso e responsável por diversos assassinatos em Manaus.
As reuniões ocorreram no Ministério da Justiça em março e maio deste ano, com a participação de outros três altos funcionários: Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen); Paula Cristina da Silva Godoy, Ouvidora Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen.
Após a divulgação do fato, parlamentares da oposição à atual gestão petista, solicitaram a convocação do ministro da Justiça para prestar esclarecimentos, bem como sua investigação e, até mesmo, a possibilidade de impeachment devido aos encontros.
Em resposta às acusações, Flávio Dino declarou em sua conta no Twitter:
Diante da declaração de Dino, Elias Vaz explicou ter recebido a solicitação para a realização da referida audiência da ex-deputada estadual Janira Rocha, vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia do Rio de Janeiro (Anacrim-RJ).
A ex-parlamentar, acompanhada de outras três mulheres, participou da reunião no dia 16 de março, segundo o secretário: Ana Lúcia, mãe do jovem Lucas Vinícius, morto em 2022; Luana Lima, mãe da Lara Maria Nascimento, morta em 2022; e a Luciane Barbosa.
“Quanto à Sra. Luciane, ela estava como acompanhante da advogada Janira Rocha, e se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário.”, afirmou.
“Tenho uma longa trajetória parlamentar e política, sempre com a marca da seriedade. Atendi a advogada Janira Rocha e acompanhantes por conhecer a citada profissional e ela desejar falar sobre vítimas de homicídios”, afirmou o secretário.
POR: BRASIL SEM MEDO