Nesta segunda-feira (20), o Itamaraty oficializou a primeira versão da aguardada segunda lista de repatriação da Faixa de Gaza, contendo 55 nomes — contudo, a maioria dos nomes são de palestinos, não de brasileiros. Ainda, este número pode aumentar nos próximos dias devido ao registro de novos pedidos.
De acordo com fontes do Itamaraty, as instruções referentes a essa lista serão enviadas ainda hoje para os diplomatas localizados no Cairo (Egito), em Tel Aviv (Israel) e em Ramala (Cisjordânia, território palestino). As embaixadas brasileiras na região já estão sendo notificadas para que possam solicitar autorização aos governos de Israel e Egito, permitindo que o grupo utilize a passagem de Rafah.
A primeira leva vinda de Gaza chegou ao Brasil na última terça-feira (14), após um mês de desafios envolvendo remoções, espera por autorização de saída e, por fim, a abertura da fronteira no posto de Rafah, que conecta Gaza ao Egito. Essa leva era composta por 32 pessoas, sendo 22 brasileiros e as demais palestinos em processo de imigração, junto com seus parentes.
Contudo, a complexidade do processo atual relacionado à segunda leva, reside no fato de que a nova lista inclui mais palestinos do que brasileiros. Diferentemente da anterior, que resultou na repatriação de 32 pessoas, o governo brasileiro ampliou os critérios para a nova lista a fim de que familiares do grupo anteriormente repatriado fossem adicionados, incluindo irmãos maiores de idade, avós e avôs.
Porém, autorização para a saída dessas pessoas ainda não é certa. Após a verificação de parentescos e documentação pelo Itamaraty, a lista é encaminhada às autoridades no Cairo, responsáveis por receber os refugiados em trânsito, e Tel Aviv, que busca evitar a presença de membros do Hamas nos grupos que deixam Gaza.
Esses esforços para que os parentes palestinos dos brasileiros repatriados fossem também resgatados ocorre após a promessa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feita diante dos apelos dos brasileiros para que o governo trouxesse seus familiares de Gaza.