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Com a repercussão negativa após a afirmação, que faz referências aos grupos criminosos Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, o prefeito publicou uma nota explicativa afirmando que teve a fala tirada de contexto. Ele acrescentou que não compactua com o crime e que não tem acordo com facções criminosas.

Durante a participação no programa de rádio na manhã do sábado (15), ‘Meu Deus’ foi perguntado por um ouvinte sobre o segredo para conter a criminalidade no município de Santana do Acaraú, situado a 228 quilômetros de Fortaleza.

Na resposta, ele citou a geração de empregos e oportunidades para a juventude como uma medida escolhida na gestão. O prefeito citou a responsabilidade das gestões em dar oportunidades para os jovens que, sem emprego, entram no ciclo da violência.

“Em Santana, nós tratamos diferente. O bem venceu o mal. Hoje nós estamos com pessoas que a sociedade de Santana poderia dizer que ali não aceitava esse povo. ‘Meu Deus’ simplesmente abre a porta da prefeitura e diz: ‘Tá aqui. Querem trabalhar? Nós temos trabalho’’. E hoje estamos trabalhando com CV, com PCC… porque são humanos. Primeiro, eu não quero nem saber qual sigla, eu quero saber se são humanos”, afirmou Francisco das Chagas durante a entrevista.

Ainda durante a fala, o gestor ressaltou que as pessoas alcançadas pelos empregos são cidadãs e merecem viver com dignidade. Ele comentou também que a cidade de Santana do Acaraú deixou de ter episódios de violência.

Após repercussão da fala no programa de rádio, o prefeito publicou, nas redes sociais, uma nota para afirmar que teve a fala tirada de contexto e que busca tirar pessoas do sofrimento gerado pelas facções criminosas por meio de ações que incentivem o esporte, a educação e o emprego. O texto foi publicado no domingo (16).

Leia a nota na íntegra:

“Boa tarde, Santaneses. Espero que todos estejam bem e em paz. Venho aqui explicar que as minhas palavras na entrevista com o radialista Domingos Sávio foram tiradas de contexto, pois eu nunca fiz qualquer acordo com organizações criminosas e nem farei. Muito pelo contrário, eu sofri ameaças de facções, quando fui buscar a instalação de um Batalhão do Raio em nossa cidade.

Não compactuo com qualquer tipo de crime, nem faço qualquer tipo de acordo com facção ou faccionado. Além do batalhão do Raio, criamos a Secretaria de Segurança Pública e Cidadania em Santana do Acaraú, com a finalidade de proteger o patrimônio público do Município e proporcionar mais segurança aos nossos munícipes.

Em minha administração, eu busco humanizar as pessoas mais carentes de nossa cidade, através de fomento ao emprego, esporte, cultura e educação. Construímos inúmeras areninhas, praças e espaços públicos seguros para que os jovens possam ficar longe da criminalidade. A população mais carente sofre com as organizações criminosas e eu busquei tirar pessoas, faccionadas ou não, desse sofrimento através da oferta de esporte, educação e emprego.

Não faço distinção de qualquer pessoa. Todos merecem respeito e amor.

Espero que tenha esclarecido que as minhas palavras foram tiradas de contexto e deixo um grande abraço a todos e todas santanenses.

Que Deus os abençoe.

Por g1 CE