Ainda na manhã desta quarta-feira, caminhões contratados pela Prefeitura de Fortaleza foram até o local retirar móveis, documentações e outros objetos. No fim da tarde, no entanto, eles retornaram ao local e devolveram os materiais ao imóvel.

O imóvel é alugado pela prefeitura e o aluguel estaria atrasado há um tempo. Como não foi pago, o tema foi judicializado e uma ação de despejo foi realizada. Em nota, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS) informou que a locação de um novo imóvel está em fase de formalização. “Está previsto um novo prédio na Avenida Carapinima, que vai funcionar em breve”.

“A gente vem fazendo essa denúncia há alguns meses. Isso é uma ação anunciada. No período de vedação eleitoral, a situação piorou. Muita gente depende disso para tomar um banho, tomar um café da manhã, ter seus documentos guardados (…) para ter sua garantia de direito”, denunciou Arlindo Ferreira, coordenador do Movimento Nacional da População de Rua.

O MP recomendou à Prefeitura de Fortaleza e à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS) que seja mantido o funcionamento deste centro no endereço atual “até que sejam adotadas as providências para funcionamento deste em novo local, devendo este ser especificamente no mesmo bairro ou adjacentes”.

“O que a gente quer é uma resposta da prefeitura com dia, hora e data para a gente saber para onde vai o Centro Pop, quais serviços serão retomados? A gente precisa dessa resposta direta. A população de rua tem pressa. Nossa necessidade é urgente. Tem serviços essenciais que precisamos”, pediu Arlindo.

Por g1 CE