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As autoridades do Ceará bloquearam mais de R$ 138 milhões do crime organizado entre 2023 e 2024, conforme o delegado geral da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (17). Entre os principais itens apreendidos, estão carros, joias e imóveis de luxo. A compra desses itens luxuosos é o principal modo de lavar dinheiro dos criminosos, conforme o delegado geral.
Além da lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e outros crimes também são produtores desses ativos financeiros. Só relacionado a veículos, por exemplo, são mais de R$ 52 milhões de reais bloqueados de patrimônio.
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“Essa atividade, aquisição de veículos, aquisição de imóveis, são atividades que costumeiramente esses grupos utilizam para lavar o dinheiro, para tentar trazer um ar de legalidade a esse patrimônio que foi conseguido de forma ilícita”.
O delegado destacou que foram identificadas mansões de alto padrão e também veículos de luxo — esses avaliados em cerca de R$ 4,5 milhões cada um.
Alguns dos imóveis sequestrados pela polícia estão localizados em condomínio de luxo no município do Eusébio. — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
“Nós temos também uma parte de apreensão de joias, relógios, itens de muito valor agregado. Então, isso facilita ao criminoso buscar lavar esse dinheiro, buscar, inclusive, não só lavar, mas também se capitalizar. Quando ele precisa transformar aquele patrimônio em dinheiro, ele consegue de forma mais rápida, através de veículos, através de joias, através desses ativos financeiros com maior liquidez”, reforçou.
Nas contas bancárias bloqueadas, o delegado geral citou que foram cerca de R$ 6 milhões no mesmo período. O delegado geral disse que ainda não é possível precisar a quantidade de pessoas presas relacionadas a esses bens bloqueados, mas citou que são centenas de detidos.
Polícia apreendeu quatro carros de luxo com suspeitos de estelionato no Ceará. — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
“No último ano a gente já fez mais de 83 operações interestaduais de busca de captura de foragidos do Ceará. E boa parte deles ligados ao crime organizado, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas”, destacou.
O delegado também explicou que o dinheiro apreendido é revertido em ações de combate ao próprio crime organizado. “Não adianta a gente só buscar prender e descapitalizar esses grupos criminosos, a gente também busca utilizar o patrimônio que foi conseguido através da atividade criminosa para que esse patrimônio, esses bens e esses valores sejam empregados exatamente no combate ao crime organizado. Então, é o dinheiro do crime alimentando o combate ao crime”, destacou.
Estelionatários usavam dados de terceiros para obter valores que usavam para comprar produtos para revender. — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Por g1 CE