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Ceará apresenta redução de incêndios em vegetação nos quatro primeiros meses deste ano, aponta relatório dos bombeiros

De janeiro a abril de 2022 foram contabilizados 151 incêndios em vegetação. Em 2021, no mesmo período, os Bombeiros somaram 689 casos.

Bombeiros contabilizam menos ocorrências de incêndios em vegetação nos quatro primeiros meses deste ano. — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Bombeiros contabilizam menos ocorrências de incêndios em vegetação nos quatro primeiros meses deste ano. — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

O Ceará apresentou redução nos casos de incêndio em vegetação nos quatro primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2021, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Corpo de Bombeiros. Até o mês de abril deste ano, foram contabilizadas 151 ocorrências. Em 2021, no primeiro quadrimestre, os bombeiros já somavam 689 casos.

O Corpo de Bombeiros afirma que a redução das queimadas tem relação direta com o volume elevado de chuvas no Ceará. Em pouco mais de quatro meses, o estado se aproxima de atingir a média pluviométrica anual. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) já contabilizou 732,6 milímetros de chuva, o que representa 93% de todo o volume esperado para o ano.

Neste ano, o balanço aponta que as maiores quedas de queimadas em vegetação foram observadas em março e abril. O mês que mais registrou acionamentos para ocorrências de incêndios em vegetação foi janeiro. O número de casos em 2022, no entanto, foi maior que em 2020 e 2019.

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Casos de incêndio em vegetação no Ceará

Mês 2019 2020 2021 2022
Janeiro 88 107 465 66
Fevereiro 10 15 154 56
Março 5 16 31 21
Abril 4 9 39 8
Subtotal no 1º quadrimestre 107 147 689 151
Total no ano 7039 8204 7285 151

Condições favoráveis aos incêndios

O tenente-coronel Mardens Vasconcelos explica que quando há chuva, consequentemente o solo e a vegetação ficam úmidas, oque dificulta a ocorrência de incêndios. Ele também aponta que as temperaturas mais amenas e a alta umidade do ar são fatores que igualmente favorecem a queda no número de queimadas.

“Certamente, mais de 90% dos incêndios florestais são de origem antrópica, então é viável reduzir estes índices, acredito ser fundamental investir em educação ambiental. Mas também em suporte aos agricultores para que não ateiem fogo”, afirma o oficial.

Há, no entanto, o alerta para o aumento no número de incêndios no segundo semestre do ano, pois sempre que há um bom volume de chuvas no primeiro semestre, há tendência para que a segunda metade do ano tenha um maior número de queimadas. “Isso acontece devido ao aumento do material que pode ser queimado. Isto é, com mais chuvas, maior são as áreas com vegetação, e estas ficam mais suscetíveis aos focos”, diz o comandante da 5ª Companhia do 3º Batalhão de Bombeiros Militar (5ªCia/3ºBBM).

o Ceará no g1

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