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O número de assassinatos no país continua em queda em 2022, segundo o índice nacional de homicídios criado pelo g1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Foram 20,1 mil assassinatos nos primeiros seis meses deste ano, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.
No Ceará, a queda fica acima da média nacional: uma redução de 7%. Foram 1.599 assassinatos no primeiro semestre de 2021 e 1.482 no mesmo período deste ano.
Estão contabilizadas no número as vítimas dos seguintes crimes:
Para o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, Sandro Caron, a diminuição do número de homicídios no Estado pode ser atribuída a quatro pilares relacionados as forças de segurança, são eles:
“Tanto com tecnologia, dados estatísticos e inteligência conseguimos aumentar a efetividade da Polícia Militar e da Polícia Civil, o que leva a prisão de integrantes de grupos organizados envolvidos em homicídios”, disse Sandro Caron.
Conforme o secretário da Segurança, o aumento do efetivo da Polícia Civil, com a posse de 490 agentes em junho deste ano, também contribuiu para o combate a criminalidade.
“Segurança Pública é um trabalho de sistema, de integração e de continuidade. Com esse incremento conseguimos lotar 100 policiais ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. O delegado-geral também conseguiu dobrar o número de policiais do Departamento de Inteligência e da Draco [Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizada]. Em razão do incremento desse efetivo, hoje nós temos mais policiais investigando homicídios e o crime organizado”, falou o secretário.
Em 2021, o Brasil teve uma queda de 7% no número de assassinatos, como apontou um levantamento exclusivo do Monitor da Violência. Foram 41,1 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta os dados desde 2007.
Segundo especialistas do FBSP e do NEV-USP, o menor número de mortes é motivado por um conjunto de fatores, incluindo: mudanças na dinâmica do mercado de drogas brasileiro; maior controle e influência dos governos sobre os criminosos; apaziguamento de conflitos entre facções; políticas públicas de segurança e sociais; e redução do número de jovens na população.
Veja quais estados tiveram alta e baixo nos indicadores de violência no primeiro semestre deste ano. — Foto: Elcio Horiuchi/g1
Os dados do primeiro trimestre de 2022 apontam que:
O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
o Ceará no g1