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Ceará tem áreas sem chuva há 150 dias e propensas a incêndios — Foto: Mateus Ferreira/Sistema Verdes Mares
O Ceará possui no momento duas faixas no seu território que não recebe chuvas entre 75 e 150 dias. Conforme o Climatempo, esse panorama deixa essas regiões cearenses vulneráveis a incêndios florestais, contribuindo para os números alarmantes de focos de queimadas.
A faixa inclui municípios do Sertão de Crateús, Centro-Sul, Central e trecho da Região Norte. Cidades como Tauá, Parambu, Crateús, Morada Nova, Boa Viagem e Santa Quitéria estão entre as mais afetadas.
O Climatempo explica que grande parte do Nordeste é prejudicado, no momento, pela escassez de precipitações. Aponta (ver mapa abaixo) que áreas em tons de roxo e laranja no mapa, sinaliza que a região se encontra entre 75 e 150 dias sem chuva.
Quantidade de dias sem chuva, no Brasil. — Foto: Climatempo
“A vegetação seca, resultado dessa estiagem prolongada, torna a região extremamente vulnerável a incêndios florestais, contribuindo para os números alarmantes de focos de queimadas em estados como Maranhão e Piauí.”, reforça.
Climatempo alerta ainda que com o impacto da estiagem prolongada e a análise do mapa de seca, evidencia a urgência de medidas coordenadas para combater as queimadas e mitigar os efeitos da seca no Brasil.
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O órgão recorda que, nos últimos dias, a fumaça proveniente das queimadas nessas regiões chegou a outras regiões do Brasil. Esse deslocamento ocorre pela circulação dos ventos, que transporta essa fumaça para várias partes do país.
Por fim, ressalta que o tempo segue seco ao longo dos próximos meses, e a chuva só deve retornar ao Brasil ao longo da primavera que inicia em 22 de setembro e marca a transição entre o período seco e chuvoso.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontou, nesta quarta-feira (28), uma redução de aspecto cinza no céu após circulação de ventos favoráveis no estado.
“O céu sobre o estado do Ceará encontre-se mais limpo quanto à presença de material particulado, proveniente de queimadas na América do Sul e África, o qual deixou o céu com aspecto acinzentado na última semana”.
Apesar da presença de focos de calor nos últimos dias, a Funceme observa por meio de imagens de satélite, a entrada de um ar mais limpo proveniente do oceano Atlântico, que ingressou na região após a passagem de uma frente fria que chegou até a Bahia.
O órgão afirmou que esse cenário deverá permanecer positivo nos próximos dias, já que a circulação atmosférica deverá manter a presença do ar com menor concentração de material particulado de origem remota sobre a região Nordeste do Brasil.
Por Gioras Xerez, g1 CE