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Açude Castanhão, o maior do Ceará, está com 322% de volume hídrico. — Foto: Secretaria de Recursos Hídricos/ Divulgação
Pelo quarto ano seguido, o Castanhão não mandará água para a Região Metropolitana de Fortaleza, de acordo Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Segundo a Funceme, o motivo é o bom volume acumulado nos açudes Pacoti, Pacajus Riachão e Gavião, que abastecem a Região Metropolitana.
As águas do açude Castanhão, maior reservatório de água da América Latina, chegou à estrutura de concreto do reservatório no fim de maio. Última vez que tinha acontecido foi em 2014. O açude está com 32% da sua capacidade. O reservatório tem capacidade para acumular 6,7 bilhões de metros cúbicos (m³) de água.
O g1 esteve no açude em 2016 e o cenário onde hoje está com água era de colapso hídrico. O pior momento do Açude Castanhão foi em 22 de fevereiro de 2018 quando estava com volume morto. Seu volume na época estava apenas 2,08%.
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Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, o Castanhão, é o maior reservatório público do país para múltiplos usos. Concluído em 2003, sua barragem fica localizada no município de Alto Santo e constitui importante reserva estratégica de água. É utilizado para irrigação, abastecimento urbano, piscicultura e regularização da vazão do Rio Jaguaribe.
As regiões de Coreaú e Litoral estão com 98% das suas capacidades de armazenamento. A região do Acaraú está com 93% de armazenamento e o Baixo Jaguaribe é de 100%.
Já a região hidrográfica do Banabuiú atingiu o percentual de 41,28%, superando o ano de 2013. No início da quadra chuvosa, a região registrou pouco mais de 8% de recarga hídrica.
As precipitações da Quadra Chuvosa de 2023 ficaram dentro da média. Conforme dados da Funceme, o observado foi de 643,3 milímetros, o melhor resultado desde 2020.
Segundo a Funceme, a proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), especialmente na segunda quinzena do mês de março, favoreceu chuvas mais expressivas e distribuídas no território cearense.
Em fevereiro, as chuvas no Estado ficaram em torno da normal com 114,8 mm de volume acumulado. Março foi o mês mais chuvoso, com desvio de 47,6% acima da normal climatológica, e volume acumulado de 300,3 mm, sendo este o melhor resulto em 15 anos.
Já em abril, ainda conforme dados da Funceme, a precipitação média no Ceará foi de 182,3 mm, também em torno da normal climatológica. Por fim, em maio, devido ao afastamento da ZCIT, a precipitação acumulada foi de 45,9 mm, com desvio de -49,3% em relação à climatológica mensal, que é de 90,6 mm no Ceará.
o Ceará no g1