O público estava preparado para acompanhar o fenômeno, que não pode ser visto a olho nu (há risco para a visão), em locais como o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e mirante da cidade de Santana do Cariri.

Os curiosos levaram óculos especiais e filtros de solda n° 14. O g1 reuniu imagens do evento, que só será visto novamente em 2067.

LEIA TAMBÉM:

• Eclipse solar anular: confira dicas para observar o fenômeno sem prejudicar a visão
• Filtro para ver eclipse solar fica até três vezes mais caro e esgota em lojas de material de construção

A região do Cariri é um lugar privilegiado para observar o eclipse. Algumas pessoas viajaram para Santana do Cariri com intuito de buscar o melhor registro.

É o caso da assistente social Adriana de Souza Ferreira, 37 anos, graduanda em Geociências e Educação Ambiental, licenciatura da (Universidade de São Paulo) USP, que veio de São Paulo.

Ela e o namorado, que é astrônomo amador, costumam fazer observações de eventos no céu.

‘A gente juntou com alguns colegas que estariam vindo para cá também. Foi um lugar que a gente sabia que ia ter boa visibilidade. Tinham alguns pontos que a gente achava que eram favoráveis para a observação, então acabamos escolhendo esse local’, disse Adriana.

A turma da assistente social levou câmeras fotográficas, binóculos e um telescópio, que poderão ser emprestados para outros observadores.

‘Estou muito ansiosa. Estou fazendo uma disciplina este semestre de astronomia e estou aqui vivenciando na prática’, comentou.

De acordo com Lauriston Trindade, membro da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, existem três tipos de eclipses do sol: parcial, total e o anular.

O parcial acontece quando a lua cobre somente parte do sol, diferente do total, onde a lua aparenta estar maior que a estrela e o cobre totalmente. Já o anular é quando a lua passa em frente ao sol, mas está menor que ele – como mostra a imagem abaixo.

‘Ela encaixa no sol, mas fica uma borda como se fosse um anel luminoso ao redor, que é justamente a parte do sol que a lua não conseguiu cobrir’, disse o astrônomo amador.

O último eclipse anular aconteceu no estado em 1995 e o próximo aparece em 44 anos.

O momento máximo, que é quando ele se torna angular, acontece por volta das 16h43 do sábado, no Ceará.

‘O momento da anularidade vai ser curtinho. Em algumas regiões aqui do Brasil deve durar no máximo cinco minutos. Quase piscou, perdeu. Mas é um tempo suficiente para você conseguir observar, fotografar’.