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Quatorze fósseis e 200 aves da fauna nativa foram apreendidos durante a Operação Calanguban, realizada entre os dias 11 e 20 de maio, para combater o tráfico de fósseis e de animais silvestres na região do Cariri cearense.
As fiscalizações nas cidades de Juazeiro do Norte, Crato, Nova Olinda e Santana do Cariri, todas no sudoeste do Ceará. Os fósseis apreendidos na ação são do período cretáceo inferior, com aproximadamente 120 milhões de anos.
14 fósseis de do período cretáceo inferior, com aproximadamente 120 milhões de anos, são apreendidos durante operação do Cariri. — Foto: PRF/ Divulgação
Além dos fósseis e das aves, a operação levou a aplicações de multas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em mais de R$ 100 mil, além da responsabilização por crimes ambientais.
A iniciativa teve a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em parceria com a Polícia Federal (PF), a Universidade Regional do Cariri (URCA), a ONG BiodiverSE e o Ibama.
Operação Calanguban apreendeu 200 aves da fauna nativa. — Foto: PRF/Divulgação
Calanguban, que dá nome a operação, é um gênero de lagarto do período cretáceo inferior, cuja espécie Calanguban alamoi foi registrada após pesquisadores encontrarem um fóssil na Formação Crato em 2014. É o lagarto não-iguaniano mais antigo registrado no continente.Fósseis desse período geológico têm entre 99 e 145 milhões de anos.
Na Formação Crato já foram encontrados fósseis de diversos animais, desde insetos até dinossauros. No ano de 2022, o governo da França devolveu ao Brasil 650 fósseis com origem naquela Formação, que haviam sido alvo de tráfico.
A polícia ressalta que os fósseis são patrimônio da União e, portanto, são protegidos por lei e não podem ser vendidos ou retirados do país, nem serem possuídos por pessoas físicas. Além disso, eles são muito importantes no estudo da evolução das espécies e para o desenvolvimento das ciências biológicas, com impactos positivos na agricultura, pecuária e até na área da saúde.
Com essa Operação, a PRF espera ampliar a capacitação dos policiais no combate a este tipo de crime, por meio do Grupo de Enfrentamento aos Crimes Ambientais (GECAM).
Operação realizada pela PRF em conjunto com outros órgãos tem o objetivo de combater o tráfico de fósseis e de animais silvestres na região do Cariri cearense. — Foto: PRF/ Divulgação
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