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Mais cearenses passaram a ter dificuldade financeira, e a inadimplência atingiu recorde no estado em abril, segundo o estudo da Serasa divulgado nesta quarta-feira (22). Conforme o Mapa da Inadimplência, 40,21% dos cearenses estão na situação, equivalendo a 2.775.827 de CPFs.
No Brasil, o índice também é recorde, afetando 66 milhões de pessoas no país. O número é o maior da série histórica da Serasa Experian, iniciada em 2016. Desde o início do ano, mais de 2 milhões de brasileiros se tornaram inadimplentes.
No Ceará, eram 2,3 milhões de inadimplentes em maio de 2021, um número crescente desde então. De janeiro a abril deste ano, o número de pessoas nessa situação cresceu em mais de 110 mil.
Conforme dados da Serasa repassados ao g1, o valor médio da dívida do Ceará era de R$ 1.046,38. Em todo o Brasil, eram R$ 271,6 bilhões em dívidas entre os inadimplentes.
“Sabemos que a instabilidade econômica do país vem afetando grande parte da população. No entanto, algumas ferramentas como o saque extraordinário do FGTS e a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados podem e devem ser utilizadas para reorganizar as finanças pessoais, amenizar dívidas e tentar tirar o nome do vermelho”, afirmou em nota o economista da Serasa, Luiz Rabi.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o aumento da inadimplência ao decorrer de 2022 era uma movimentação esperada, mas existem fatores que podem auxiliar o consumidor nessa situação.
Com relação ao perfil das dívidas, os segmentos de bancos e cartões possuem 28,1% dos débitos, enquanto contas básicas como água, luz e gás representam 22,9%.
Na comparação com abril de 2021, o setor “Financeiras” foi o que teve maior aumento na participação de inadimplência, indo de 9,6% para 12,4%.
Já o recorte por faixa etária mostra que os inadimplentes estão, em sua maioria, nas faixas de 26 a 60 anos de idade (35,2%) e de 41 a 60 anos (34,8%).
o Ceará no g1