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O Instituto Butantan recebeu na madrugada desta quinta-feira (5) cerca de 4 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para produção da CoronaVac, a vacina produzida pelo Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
A carga é suficiente para fabricar até 8 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Elas serão entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, para cumprir o segundo contrato que vai totalizar a entrega de 100 milhões de doses da vacina ao governo federal.
As doses liberadas fazem parte do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 54 milhões de vacinas. O primeiro contrato, de 46 milhões, foi concluído em 12 de maio.
O avião partiu de Pequim, na China, fez escala em Zurique (Suíça) antes de pousar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 5h30.
O envase e rotulagem da vacina começam nesta sexta-feira (6) e deve durar de 15 a 20 dias.
O governador João Doria acompanhou a chegada da matéria-prima e falou novamente sobre a entrega feita pelo Ministério da Saúde, na última terça-feira (3), de uma quantidade menor do que a prevista de doses da vacina da Pfizer.
“Nós vamos reagir na forma da lei para evitar que brasileiros de São Paulo, paulistas e aqueles que vivem no nosso estado, sejam prejudicados por uma medida arbitrária sem nenhum fundamento do Ministério da Saúde. Coibir, limitar, reter vacinas é contribuir para o aumento do pesadelo que é essa pandemia que vitimando milhões de brasileiros e privar a imunidade da vacinação daqueles que já tomaram a primeira dose vacina da Pfizer de tomarem a segunda dose dessa vacina”, disse Doria.
Segundo a gestão estadual, foram repassadas 228 mil doses de um total de 456 mil a que São Paulo teria direito na divisão proporcional entre os estados (o critério é o tamanho da população). Isso poderia comprometer o calendário já anunciado, especialmente na imunização de adolescentes.
O Ministério da Saúde negou nesta quarta-feira (4) que tenha prejudicado o estado de São Paulo na distribuição de vacinas contra a Covid-19. De acordo com a secretária extraordinária para Covid, Rosana Leite de Melo, houve uma “compensação” no lote da Pfizer porque São Paulo já teria recebido mais doses de outros imunizantes, como o do Butantan.
Na quarta-feira (4), o governo de São Paulo entregou um novo lote de vacinas com 2 milhões de doses de Coronavac. Com a entrega desse novo lote ao governo federal, o Butantan completa o repasse de mais de 64,8 milhões de doses.
Por G1 SP — São Paulo