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Líder com ou sem a faixa, Thiago Silva volta a ser capitão da Seleção em final e pode vencer o 30º título

Oito anos após erguer a taça da Copa das Confederações, zagueiro retorna ao Maracanã para tentar frear Messi e conduzir a Seleção ao bicampeonato da Copa América, contra a Argentina.

Marcada por momentos de glórias, mas também de decepções e lágrimas, a história de Thiago Silva como capitão da seleção brasileira chega neste sábado ao seu 40º capítulo. Sem dúvida, um dos mais especiais.

Após oito anos, ele volta a usar a faixa em uma final pela Seleção – e novamente no Maracanã. Se em 2013 foi preciso vencer a Espanha, campeã do mundo, para faturar a Copa das Confederações, agora o desafio é bater a rival Argentina, de Lionel Messi, para conquistar o bicampeonato da Copa América.

Entre uma decisão e outra, muita coisa aconteceu na relação entre Thiago Silva e a capitania do Brasil. Em 2014, o zagueiro sofreu críticas por chorar antes dos pênaltis contra o Chile, nas oitavas de final da Copa do Mundo. Suspenso, viu de fora a goleada por 7 a 1 para a Alemanha e, meses depois, levou mais um duro golpe: Dunga lhe tirou a braçadeira e a entregou para Neymar.

O tempo passou, Tite assumiu o comando da Seleção e passou a promover um rodízio da faixa, que foi de Thiago Silva em diferentes ocasiões – duas delas na Copa da Rússia. Desde o fim de 2019, sem Daniel Alves, capitão na conquista da última Copa América, o revezamento voltou e durou até semana passada, quando o zagueiro foi fixado no posto.

Porém, com ou sem a faixa, Thiago nunca deixou de exercer liderança no grupo brasileiro.

– É claro que tinha também o Miranda, Daniel Alves, Neymar, Marquinhos, Casemiro… Jogadores que o Tite usava naquele rodízio, mas eu enxergo dessa forma: o Thiago sempre foi o capitão, o líder – contou Paulinho, volante que disputou as duas últimas Copas do Mundo, ao ge.

Uma das virtudes do zagueiro destacadas por Paulinho é a simplicidade.

– A forma de ele se expressar, de conversar, mesmo sabendo que é uma referência para muitos no mundo, ele se comporta de uma forma tranquila, natural, até no sentido de passar exemplos, coisas que ele enfrentou na carreira. Eu conheço muito bem o Thiago, ele brinca bastante, mas é um cara tímido. O que mais destaco nele é que com poucas palavras ele consegue passar a mensagem. É um cara vencedor, que está acostumado a ganhar, acostumado a ser líder pelas equipes em que passou e na Seleção – afirma o volante, que atualmente está sem clube, após deixar o Guangzhou Evergrande, da China.

Prestes a completar 37 anos, Thiago Silva é o atleta mais experiente da Seleção e sabe o peso que isso tem. Dentro e fora de campo, o zagueiro acolhe os novatos e tenta ouvir e aconselhar os companheiros, independentemente da posição em que jogam.

– Ele sempre procura nos orientar. Seja nós, ali da frente, ou até mesmo quem joga do lado dele, como Marquinhos, Renan Lodi e Danilo. É um cara que tem muitos anos dessa vivência no futebol. Acho que o fato de ele querer ser treinador já o tem ajudado bastante nisso – comenta o atacante Éverton Cebolinha, fazendo referência aos planos de Thiago Silva para o futuro.

– Aprendi muito com ele, cresci muito. Fico feliz de estar com ele até hoje. É bom jogar com alguém assim, que pode te fazer crescer, melhorar a cada treinamento – relata Marquinhos, companheiro de zaga de Thiago.

Quem conhece o veterano de longa data aponta uma outra característica dele: a de liderar pelo exemplo.

– A forma como ele vê a vida, o respeito e o amor que têm pela profissão, e até o significado que “jogador de futebol” tem para ele resumem bem como é o Thiago. A dedicação dele é impressionante. É sem dúvida um conselheiro, um motivador, um cara que está sempre aberto a ouvir e tentar ajudar em prol da qualidade e do bom ambiente da equipe. Através de atitudes e exemplos nós conseguimos enxergar os verdadeiros líderes e capitães – afirma o volante Luiz Gustavo, ex-companheiro de Thiago na Seleção.

– O que eu guardo com muito carinho foi a forma como o Thiago me recebeu na Seleção, tentou me ajudar, me acolheu muito bem nas primeiras convocações e, graças a isso, a gente criou uma relação de bastante respeito. Sou muito grato a ele pela recepção, os conselhos e tudo o que passamos juntos na Seleção – complementa Luiz Gustavo, que atualmente joga no Fenerbahçe, da Turquia.

Vindo da inédita conquista da Liga dos Campeões, pelo Chelsea, Thiago Silva pode alcançar a incrível marca de 30 títulos na carreira.

Relembre as conquistas de Thiago Silva:

  • Fluminense: Copa do Brasil (2007)
  • Milan: Campeonato Italiano (2010/11) e Supercopa da Itália (2011)
  • Paris Saint-Germain: Campeonato Francês (2012/13, 2013/14, 2014/15, 2015/16, 2017/18, 2018/19, 2019/20); Supercopa da França: (2013, 2015, 2017, 2018, 2019); Copa da Liga Francesa (2013/14, 2014/15, 2015/16, 2016/17, 2017/18, 2019/20) e Copa da França (2014/15, 2015/16, 2016/17, 2017/18, 2019/20).
  • Chelsea: Liga dos Campeões (2020–21)
  • Seleção Brasileira: Copa das Confederações (2013) e Copa América (2019).

Próximo do seu 100º jogo com a amarelinha – o deste sábado será o 98º – Thiago passou a cuidar ainda mais do preparo físico, da alimentação e do sono, visando prolongar a carreira e realizar o sonho de disputar a sua quarta Copa do Mundo, em 2022. Porém, isso é assunto para outra hora. Agora, o capitão só pensa na Argentina e em erguer mais um troféu no Maracanã.

Por Bruno Cassucci e Raphael Zarko — São Paulo

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