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Loja aumenta preço de produto em R$ 900 e reduz na véspera da Black Friday para fingir promoção, diz Procon

Fiscalização do órgão em Fortaleza constatou que o mesmo produto subiu de R$ 2,190 para R$ 3,099 entre agosto e novembro.

Ao instalar ar condicionado e refrigeradores clientes devem declarar aumento de demanda de carga à Energisa. — Foto: Divulgação

Ao instalar ar condicionado e refrigeradores clientes devem declarar aumento de demanda de carga à Energisa. — Foto: Divulgação

Os preços de 210 produtos estão sendo monitorados pelo Procon Fortaleza com a aproximação da Black Friday. O órgão alertou para a prática de subir o valor dos itens próximo à data, e diminuir algum tempo depois, fingindo “promoção”. Na capital, a fiscalização do órgão constatou que um ar-condicionado subiu de R$ 2,190 para R$ 3,099 entre agosto e novembro na mesma loja.

O Procon Fortaleza vem acompanhando os preços dos 210 produtos desde o mês de agosto. O objetivo é comparar os valores anunciados durante a Black Friday e identificar se, de fato, haverá promoção. A lista com os produtos (clique aqui) mais procurados foi divulgada nesta quarta-feira (22).

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Entre os produtos acompanhados, estão bicicletas, celulares, notebooks, geladeiras, fogões, máquinas de lavar e outros produtos. Os dados foram coletados em lojas físicas de Fortaleza, bem como no comércio virtual. O Procon informa que os principais problemas encontrados na Black Friday são publicidade abusiva ou enganosa e o não cumprimento da oferta.

Entre os produtos que tiveram queda nos preços, o Procon destacou um notebook, de configuração “core 13, 4GB”, que sofreu redução de R$ 1.000 entre agosto e novembro. O produto foi encontrado em loja física, no valor de R$ 3.099 no dia 4 de agosto. O mesmo item, na mesma loja, caiu para R$ 2.099 na última sexta-feira (17) — representando uma retração de 32,26%.

Multa de até R$ 15 milhões

A presidente do Procon Fortaleza, Eneylândia Rabelo, alertou que já há indícios de elevação de preços próximo ao evento que promete ofertas e promoções. “Durante esses três últimos meses, os técnicos do Procon fizeram um trabalho em campo de coletar preços e anúncios, que vão auxiliar o consumidor a identificar publicidade abusiva”, disse.

Ainda segundo a presidente, as empresas que anunciam falsas ofertas com o intuito de atrair o consumidor para uma promoção não verdadeira, podem responder a processo administrativo e serem multadas em até R$ 15 milhões.

Eneylândia também explicou que o consumidor pode realizar pesquisa de preços em sites especializados que apresentam o comportamento de preços de diversos produtos nos últimos meses.

“Outra dica é optar pelo pagamento em cartão de crédito, pois, ocorrendo algum problema de oferta não cumprida ou possível fraude em sites, é possível suspender o pagamento via empresa de cartão de crédito”, comentou a presidente.

Ela orientou também sobre a utilização de cartão de crédito virtual temporário no aplicativo da operadora de cartão. “É uma medida de segurança que pode evitar clonagem de dados do consumidor”, explicou a presidente do Procon.

Por g1 CE

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