Os pagamentos são feitos por meio de transferências via Pix. No entanto, após receber o dinheiro, o agenciador cancela os trabalhos às vésperas ou desaparece, deixando as vítimas sem explicações. Além das perdas financeiras, as pessoas relatam danos emocionais, especialmente entre crianças e suas famílias, que também foram alvo do golpe.

Lukas Almeida, uma das vítimas, compartilhou sua experiência:

“A pessoa me procurou em agosto, dizendo que eu tinha sido pré-aprovado para um trabalho para uma gelateria nacional, com cachê de R$ 4.500. Para isso, eu precisaria pagar uma taxa de cadastro. Depois do pagamento, ele começou a dar desculpas mirabolantes, como ter sido assaltado ou estar com o celular quebrado, e nunca mais agendou nada.”

Outra vítima, que preferiu não se identificar, destacou a mobilização do grupo:

“Somos cerca de 50 pessoas no grupo, compartilhando nossos relatos. Isso afeta não só financeiramente, mas emocionalmente. As crianças ficam frustradas, e os pais também. Queremos que ele seja responsabilizado pela justiça e pare de enganar as pessoas.”

A Polícia Civil confirmou que investiga o caso desde agosto, quando as primeiras denúncias foram registradas. O órgão reforça a importância de que outras vítimas registrem boletins de ocorrência, o que pode ser feito pela delegacia eletrônica.

A TV Verdes Mares tentou contato com o agenciador acusado por meio das redes sociais e do número de telefone divulgado, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto para que ele apresente sua versão dos fatos.

Especialistas alertam sobre a importância de verificar a credibilidade de agências de modelos antes de efetuar pagamentos. A orientação é buscar referências, desconfiar de propostas que exigem transferências antecipadas e estar atento a ofertas excessivamente atraentes.

Por g1 CE