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Ministro de Minas e Energia descarta horário de verão no país nos próximos anos

Ministro Bento Albuquerque disse que estudo apontou que não será necessário racionamento no país. Ele participa de evento do Sindicato das Indústrias de Energia no Ceará.

O ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, afirmou nesta quarta-feira (6) que não haverá horário de verão no Brasil nos próximos anos. Ele disse também que está descartada a possibilidade de haver racionamento ou apagão. A afirmação foi concedida durante entrevista ao Sistema Verdes Mares.

Bento Albuquerque visita Fortaleza para participar do Proenergia 2021, evento anual realizado pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Ceará.

Segundo o ministro, um levantamento da pasta indicou não haver necessidade de aplicar o horário de verão.

“Do ponto de vista energético, não há a necessidade da volta do horário de verão. Nós já fizemos uma análise; no ponto de vista energético não se faria necessário. E foi tomada a decisão pelo presidente Bolsonaro de não decretar o horário de verão. Agora em 2021, entre 2020 e 2021, sempre analisamos essa questão. Então o horário de verão não ocorrerá como não vem ocorrendo desde 2019” , disse.

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque em Fortaleza. — Foto: Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque em Fortaleza. — Foto: Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares

Racionamento de energia

O ministro de Minas e Energia disse também que o Governo Federal faz nos últimos anos um planejamento de energia para evitar racionamento ou um apagão, mesmo com a crise hídrica no país. Segundo Bento Albuquerque, há noves fontes de energia e que outras fontes como o hidrogênio serão utilizadas para evitar um racionamento hídrico.

“Nós estamos com um planejamento de expansão de energia. De transmissão de energia que é atualizado todo o ano. Esse planejamento é que vai mudar essa situação. Como falei para vocês nossa matriz é muito diversificada. Não era também no passado. No passado nós tínhamos quatro fontes de geração de energia, hoje são nove fontes. Daqui a pouco teremos outras fontes também com hidrogênio. Então, a nossa diversidade da nossa matriz vai evitar que o país passe por situações como essa que nós estamos passando no ano de 2021”.

Uma crise hídrica que afeta o país impacta na economia em várias frentes e torna ainda mais frágil a expectativa de uma recuperação robusta da atividade econômica. A seca tem levado ao aumento do preço da conta de luz e se transformou em mais uma pressão inflacionária para a população – que já sofre com a alta de combustíveis e alimentos.

Investimento no Ceará

O ministro de Minas e Energia ainda falou sobre os investimentos que serão feitos no Ceará. De acordo com Bento Albuquerque serão investidos R$ 12 bilhões no estado. Valores divididos para a geração e transmissão de energia.

“Serão investidos R$ 12 bilhões só em geração e transmissão de energia aqui no estado do Ceará nos próximos oito anos. Cerca de R$ 9,5 bilhões em geração de energia e R$ 2,5 bilhões em transmissão de energia”, destacou.

“O Nordeste e o Ceará como um todo já são exportadores de energia para outras regiões do país. O Nordeste tem gerado muita energia eólica, muita energia solar e essa energia tem sido transferida para outras regiões do país particularmente para o Sudeste onde os reservatórios que são as baterias do sistema hidrelétrico brasileiro estão muito baixos. O Nordeste nós chamamos é o cinturão das energias renováveis do nosso país junto com o norte de Minas Gerais”, afirmou.

o Ceará no g1

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