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Número de queimadas no Ceará cresce 112% em um mês, diz Enel

As regiões da Grande Fortaleza, Cariri e Centro-Sul foram as mais atingidas.

Queimadas Ceará — Foto: Thiago Gadelha/SVM

Queimadas Ceará — Foto: Thiago Gadelha/SVM

O número de queimadas no Ceará cresceu 112% no mês de setembro, conforme a Enel. O dado levou em consideração o comparativo com o mês de agosto. O número pode estar relacionado ao aumento das temperaturas e à continuidade dos ventos.

Os registros foram obtidos através do Sistema de Monitoramento e Alerta da Enel e também mostram que, neste ano, mais de 11 mil queimadas foram contabilizadas no Ceará até agora.

Ainda segundo os números, as macrorregiões mais afetadas foram Cariri (2.116), Centro-Sul (1.878) e Grande Fortaleza (1.184).

Com relação aos municípios com mais registros, aparecem na lista São Gonçalo do Amarante (722), Araripe (231), Cariús (356), Acopiara (297), Araripe (292) e Jucás (254).

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Em 2023, 95% dos casos aconteceram no segundo semestre, entre os meses de agosto e dezembro, ultrapassando 61 mil focos de queimadas apenas nesse período.

A Enel apontou que o calor, a baixa umidade, os ventos e a ação humana são os principais fatores para as queimadas. A companhia alertou sobre os riscos de incêndios nas proximidades da rede elétrica, já que o fogo próximo à fiação pode causar curtos-circuitos, danos estruturais e desligamentos, impactando diretamente no abastecimento de energia. Além disso, as queimadas ocasionam riscos para a segurança da população e danos ao meio ambiente.

Monitoramento

Para prevenir o impacto das queimadas nas redes elétricas e no abastecimento de energia para os clientes, a Enel monitora, em tempo real, 24 horas por dia, os focos de queimadas em todo o estado.

O monitoramento é realizado pelo Centro de Operações a partir de imagens de satélite, com dados fornecidos em tempo real pela Climatempo, e serve para otimizar o serviço em caso de interrupção no fornecimento de energia.

Em áreas urbanas, a maior parte das queimadas ocorre em lotes baldios onde há muita vegetação e, muitas vezes, acúmulo de lixo. A distribuidora ressaltou que a limpeza dos terrenos e o descarte adequado desses resíduos é essencial para evitar pequenos incêndios próximos à rede.

A Enel orientou a população a não originar incêndios em qualquer tipo de material, por menor que seja o volume, próximo à rede elétrica, pois o fogo pode, além de provocar o desligamento das cargas, danificar os equipamentos e até provocar danos estruturais, o que pode resultar em graves acidentes.

Por g1 CE

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