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Operação cumpre mandados contra suspeitos de planejar ataques no Ceará para provocar saída de secretário

Durante a operação foram apreendidos objetos ilícitos, documentos e mídias digitais. Quatro pessoas foram identificadas e serão ouvidas pela polícia.

Grupo planejava ataques a ônibus e prédios públicos para provocar a saíde de Mauro Albuquerque da Secretária de Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP/CE) — Foto: Helene Santos

Grupo planejava ataques a ônibus e prédios públicos para provocar a saíde de Mauro Albuquerque da Secretária de Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP/CE) — Foto: Helene Santos

Uma operação policial cumpriu na manhã desta terça-feira (28) quatro mandados de busca e apreensão em Fortaleza contra integrantes de grupos criminosos por tentarem desestabilizar o sistema penitenciário do Ceará para provocar a queda do secretário de Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP), Mauro Albuquerque.

Mauro Albuquerque é conhecido entre os presidiários como um secretário “linha dura”, que controlou rebeliões nas unidades prisionais e retirou regalia dos condenados. Logo que foi nomeado como secretário, em 2019, criminosos reagiram e promoveram uma onda de ataques em diversas cidades do Ceará para tentar impedi-lo de tomar posse.

Durante a operação nesta terça, quatro pessoas foram identificadas e serão ouvidas pela polícia. Também foram apreendidos objetos ilícitos, documentos e mídias digitais.

Planejamento dos criminosos

Segundo a polícia, as investigações apontaram “fortes indícios” de que quatro pessoas investigadas planejavam a substituição do secretário.

Os suspeitos, ainda segundo a polícia, tentavam reunir pessoas para atacar servidores públicos, inclusive policiais penais; prédios públicos, fóruns da Justiça e penitenciárias; ataques a ônibus; amotinamentos e outras manifestações violentas, além de outras ações com o fim de tumultuar o sistema prisional.

Os dados apreendidos serão analisados pelos policiais federais. As investigadas podem responder pelo cometimento, em tese, dos crimes de constituição de organização criminosa armada, com penas de até 12 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados a partir da análise do material apreendido.

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As investigações continuam, para detalhamento da participação de cada investigada e levantamento da participação de terceiros nos crimes. O nome da operação, Defcon 4, remete a condições de prontidão de defesa utilizados por forças policiais e armadas.

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