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Os policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, um em Fortaleza e três em Baturité. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Eleitoral. “Foi apurado que essa ação temerária está diretamente relacionada ao contexto eleitoral, onde o uso do equipamento incendiário parece simbolizar poder“, afirmou a PF.
O caso que motivou a operação aconteceu na quinta-feira (29) no bairro Beira Rio. Em vídeos publicados nas próprias redes sociais, Herberlh aparece sobre um paredão de som disparando labaredas com o aparelho. (Veja no vídeo acima)
Candidato usa lança-chamas durante ato de campanha e vira alvo de operação da PF — Foto: Reprodução
De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram por conta do “uso indevido de equipamento incendiário em via pública durante campanha eleitoral, com perigo de incêndio e de gerar dano à integridade física de pessoas e de bens de terceiros”.
A operação da Polícia Federal teve como objetivo apreender equipamentos pirotécnicos utilizados de forma ilegal, além de reunir provas para a investigação policial. Conforme a PF, a prática tanto feriu o Estatuto do Desarmamento quanto descumpriu regras da campanha eleitoral.
Inicialmente, a TV Verdes Mares entrou em contato com a equipe de comunicação de Herberlh Mota e foi informada que o prefeito não vai se posicionar sobre o ocorrido. Porém, na tarde desta terça-feira, a coligação do prefeito emitiu uma nota em que afirma que o equipamento pirotécnico foi fornecido pela produtora contratada para as ações de campanha.
“Reforçamos ainda que essa ação não envolve, e nunca envolveu, qualquer malversação de recursos públicos, desvio de conduta do prefeito ou abuso de poder político e econômico em nossa campanha eleitoral”, diz a nota.
O nome da operação deflagrada pela PF, chamada “Protocolo III”, faz referência ao documento da Convenção da ONU elaborada em Genebra, em 1980, sobre a proibição ou limitação do uso de certas armas convencionais, que podem produzir efeitos traumáticos excessivos ou ferir indiscriminadamente a população.
Por Leonardo Igor de Sousa, g1 CE