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Presidente do Barcelona explica saída de Messi: “O clube está acima, inclusive do melhor do mundo”

Joan Laporta dá entrevista coletiva e detalha problemas para a não renovação de contrato com o craque argentino: “Quero deixar claro que Leo queria ficar, e que o clube queria que ele ficasse”.

Limites financeiros. O presidente do Barcelona, Joan Laporta, veio a público nesta sexta-feira explicar a saída de Lionel Messi. Em entrevista coletiva no auditório 1899 do Camp Nou, durante quase uma hora e meia, o dirigente procurou detalhar os motivos para a não renovação com o craque argentino.

— Infelizmente temos uma instituição com 122 anos de história, que está acima de tudo, de todos os jogadores, inclusive do melhor jogador do mundo, do presidente. Ele nos deu tanta coisa, estaremos agradecidos eternamente. Os motivos pelos quais não pudemos e decidimos (não renovar) foram as razões econômicas muito claras, em que se encontram a entidade — afirmou Joan Laporta.

Quero deixar claro que Leo queria ficar, e que o clube queria que ele ficasse. É a sua casa”.
— Joan Laporta, presidente do Barcelona, em entrevista coletiva

Ex-presidente do Barcelona em dois mandatos, entre 2003 e 2010, Joan Laporta foi eleito novamente para comandar o clube em março deste ano. Sua principal missão era assegurar a permanência de Messi. Ele confiava no desfecho feliz nos últimos meses, mas isso não ocorreu.

O dirigente esteve mais cedo no Centro de Treinamento Joan Gamper para conversar com os jogadores do elenco principal do Barcelona e explicar a situação. Ele também teve nos últimos dias reuniões com o Jorge Horacio Messi, pai do camisa 10.

— Não quero gerar falsas expectativas. Há um tempo limite, e o jogador tem outras propostas. Leo colocou todas as facilidades possíveis: jogar dois anos, e o pagaríamos em cinco. Queríamos que o “pós-Messi” começasse em dois anos, mas não foi possível. Temos que conseguir que o Barça, sem Messi, siga dando alegrias aos torcedores — contou.

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    De acordo com o clube, obstáculos econômicos e estruturais impediram a assinatura de um novo vínculo do craque, que teve o último contrato encerrado no dia 30 de junho. O Barcelona precisaria reduzir sua folha salarial para não ultrapassar o limite imposto pela La Liga (liga que organiza o Campeonato Espanhol).

    — Desgraçadamente, recebemos uma herança nefasta. A folha salarial representa 110% das receitas do clube. Não temos margem salarial. Quando chegamos ao clube, os números apresentados depois da auditoria foram muito piores do que nos haviam dito e do que prevíamos. As perdas são muito elevadas, as dívidas muito elevadas. Não temos margem — comentou.

    Com a crise financeira, o Barcelona viu seu limite baixar quase 50%: de 671,4 milhões de euros no início da temporada 2019/20 para 347 milhões (R$ 2,1 bilhões) no fim de 2020/21. Com o fraco faturamento diante da pandemia, o número vai ser ainda mais reduzido agora: cerca de 200 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) segundo o jornal “The Guardian”.

    Messi deixa o Barcelona depois de 17 temporadas pelo clube — Foto: AFP

    Messi deixa o Barcelona depois de 17 temporadas pelo clube — Foto: AFP

    O Barça ainda emitiu na quinta-feira um comunicado contra o acordo anunciado por LaLiga com o fundo de investimento CVC Capital Partners. O fundo injetou 2,667 bilhões de euros na competição, em troca de 11% do negócio. Caso aceitasse fazer parte do acordo, o Barcelona receberia 270 milhões de euros, o que ajudaria em sua crise econômica, mas teria de se comprometer pelos próximos 50 anos.

    — A inscrição de Leo passava por aceitar uma operação que não era interessante para o Barça. Entendemos que não tínhamos que aceitar uma hipoteca dos direitos televisivos do clube durante meio século.

    Ainda durante a entrevista coletiva, o presidente da liga, Javier Tebas, disse no Twitter que essa operação com a CVC não significaria a hipoteca dos direitos de TV, mas sim a valorização do item “para todos os clubes”, e que isso ajudaria a resolver a dívida do Barcelona. Laporta respondeu:

    — Olá, Javier, quero dizer que não interpretamos assim. Houve conversas entre os nossos executivos e quem está a conduzir a negociação com a CVC nos deu essa resposta. O negócio comporta riscos que não queremos assumir — declarou.

    Por Redação do ge — Barcelona, Espanha

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