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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (15) não querer guerra na região, em fala ao lado lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, que citou o “maldito dever” de defender a paz.
“Queremos [uma guerra], ou não? É claro que não. Por isso, apresentamos nossas propostas para um processo de negociação”, afirmou Putin.
“Ações corajosas têm que partir de todos nós. É nosso maldito dever defender a paz”, disse Scholz.
As falas dos líderes ocorrem em meio às tensões na Ucrânia. Scholz visita nesta semana a região como parte dos esforços diplomáticos da Europa para evitar conflitos.
Os países ocidentais ameaçam a Rússia com sanções “sem precedentes” em caso de ataque ao território ucraniano.
Os Estados Unidos e outros países da aliança militar Otan enviaram reforços militares para o leste da Europa e afirmam que uma invasão pode ocorrer “a qualquer momento”.
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Putin afirmou, durante a entrevista coletiva, que a Rússia decidiu retirar parte de suas tropas para possibilitar mais discussões com os países do Ocidente.
Scholz disse, ao lado do mandatário russo, que a retirada “é bom sinal” e que as opções diplomáticas para evitar uma guerra ainda não foram esgotadas.
“Nós ouvimos agora que algumas tropas foram retiradas, e isso é um bom sinal, esperamos que haja mais”, disse ele.
Durante a entrevista, Putin disse que deseja “continuar trabalhando em conjunto” com os países ocidentais sobre a segurança europeia para desescalar a crise na Ucrânia.
“Estamos dispostos a continuar trabalhando em conjunto. Estamos dispostos a seguir o caminho da negociação”, disse ao lado de Scholz.
O presidente russo criticou, no entanto, a rejeição dos países ocidentais a suas principais exigências, as quais “infelizmente não receberam uma resposta construtiva”.
Putin também destacou que não vai renunciar a essas demandas e que elas fariam parte das negociações entre russos e ocidentais.
O governo russo confirmou o início da retirada de suas tropas estacionadas na fronteira com a Ucrânia, ressaltando que os exercícios são normais e denunciando o que chama de “histeria” ocidental diante de uma suposta invasão do país vizinho.
“Sempre dissemos que depois das manobras as tropas voltarão para seus quartéis de origem. E é isso que está acontecendo agora. É o procedimento habitual”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, à imprensa.
A Rússia concentrou mais de 100 mil soldados em regiões de seu território próximas das fronteiras com a Ucrânia.
Além disso, a Rússia enviou militares para a Belarus para exercícios militares que devem terminar no dia 20 de fevereiro. Assim, a Ucrânia está quase completamente circulada por militares russos.
O governo russo negou que tem planos para atacar o país vizinho, mas exige garantias legais que a Ucrânia não vai integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Por g1