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Um relatório elaborado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) aponta situação de risco de deslizamento em pelo menos quatro áreas de falésias entre as praias de Beberibe, Morro Branco, Canoa Quebrada e Icapuí, todas no litoral leste do Ceará. O relatório final está previsto para março de 2022.
Ao falar sobre os paredões litorâneos, o professor Rubson Pinheiro, do curso de geografia da UFC e um dos coordenadores do Projeto Falésias, destacou os riscos de deslizamentos e os perigos para os turistas que frequentam os locais.
“A ocupação da borda do tabuleiro, nas proximidades da falésia, além de aumentar a instabilidade da área, gera uma zona de risco duplo. Tanto para quem está em cima, ter sua construção destruída pela erosão, quanto para quem transita pela praia. As falésias do Ceará, sobretudo Beberibe, Morro Branco, Canoa Quebrada e Icapuí, seguem um contexto semelhante às do Rio Grande do Norte e também apresentam riscos”, alerta.
Com um grande trânsito de veículos nessas praias, que estacionam na borda das escarpas, e de banhistas que posam para fotos ao lado de placas de aviso de perigo, acidentes, inclusive fatais, são iminentes.
“De imediato, é preciso estabelecer restrições e disseminar a cultura do risco entre os turistas. Como medida emergencial, estamos orientando a Defesa Civil a colocar placas nos lugares mais críticos, e as Prefeituras, para colocar guardas municipais orientando os turistas”, relata o professor.
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Para o pesquisador, a elaboração de políticas públicas de segurança para os turistas nas praias cearenses é indispensável. Ele orienta que, entre outras coisas, sejam colocadas placas informativas alertando sobre os riscos.
“Os bugueiros transitam com os turistas na margem da falésia desconsiderando completamente os riscos de colapso de blocos. Não existe nenhuma placa, folder informativo, ou qualquer outra indicação que oriente o turista para sua segurança. É urgente a necessidade de um mapeamento e classificação de riscos associados a essas áreas para, então, definir políticas públicas que regulamentem uma política de segurança para os turistas”, afirma.
Com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o projeto Falésias desenvolveu suas ações de março a novembro de 2021, com o objetivo de elaborar um diagnóstico e apontar ações mitigadoras de riscos nas falésias do Ceará e do Rio Grande do Norte.
O projeto pretende investigar o risco de desabamento e propor medidas de segurança aos turistas que visitam essas formas de relevo, em uma parceria entre a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Por g1 CE