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Restos de fogueira para cozinhar alimentos causaram incêndio no Parque do Cocó, em Fortaleza, diz laudo técnico

Em novembro de 2021, um incêndio que durou cerca de 17 horas atingiu o Parque do Cocó matando animais carbonizados e consumindo uma vasta área do parque. Agora, análise aponta para causa humana involuntária como origem das chamas.

 

Um laudo pericial sobre o incêndio ocorrido no Parque Estadual do Cocó, entre os dias 17 e 18 de novembro de 2021, aponta que a origem do fogo foram restos de uma fogueira usada para cozinhar alimentos, ou seja, as chamas foram resultado de ação humana involuntária.

O fogo se originou em um local em que, possivelmente, pessoas se alimentaram e deixaram uma espécie de fogueira ainda com brasas acesas, que deram início ao fogo.

Conforme o laudo dos Núcleo de Perícia em Engenharia Legal e Meio Ambiente (Nupelm), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foram revelados no local vestígios de práticas rústicas de uso do fogo para preparação de alimentos, materializados por apetrechos como grelha e garrafas de bebidas alcoólicas, além de espinhas de peixe e remanescentes de alimentos.

Prejuízos

Incêndio atingiu área de mata no Parque do Cocó, em Fortaleza — Foto: Arquivo pessoal

Incêndio atingiu área de mata no Parque do Cocó, em Fortaleza — Foto: Arquivo pessoal

O laudo aponta que um levantamento realizado pelo Programa de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna), indicou que 299 árvores, notadamente espécies herbáceas e arbustivas, haviam sido tombadas e que outras 18 necessitavam de recuperação.

Quanto aos animais mortos, não foram encontradas espécies em extinção. Das dezenas de animais encontrados estavam: mussum, rã, jiboia, cágado do nordeste, iguana, anu-preto. Parte das espécies foram resgatadas e receberam atendimento veterinário.

Incêndio em 2021

Em novembro de 2021, um incêndio que durou cerca de 17 horas atingiu o Parque do Cocó matando animais carbonizados e consumindo uma vasta área do parque.

No dia seguinte ao início do incêndio, o governador Camilo Santana (PT) determinou a apuração rigorosa das causas do fogo no local.

“O Cocó é um patrimônio ambiental do nosso estado e tem que ser preservado. Determinei apuração rigorosa sobre as causas do incêndio”, disse Camilo, em postagem nas redes sociais.

Fumaça de incêndio no Cocó se espalhou por bairros de Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha/SVM

Fumaça de incêndio no Cocó se espalhou por bairros de Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha/SVM

Por G1 CE

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