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Encontrar moedas antigas ou raras pode até não ser algo fácil, e não por acaso há quem guarde coleções dos antigos planos monetários com a esperança de desembolsar um bom valor pela compra. Mas não são todos metais que são valiosos.
De acordo com o numismata (especialista em moedas) e membro da Sociedade Numismática e Filatélica Cearense, Paulo Avelino, não é porque uma moeda é antiga que ela será valorosa.
“Por diversas vezes, já recebi e-mail de pessoas que encontravam coleções antigas de familiares perguntando se alguma das moedas seria valiosa, na maioria dos casos, não é”, aponta
O especialista explica que, para identificar se uma moeda é ou não valiosa, é preciso estar atento a algumas características, como o material, estado e raridade.
“No Brasil, geralmente, a moeda de 2 mil réis de prata da época do império, de Dom Pedro II é a que é achada mais facilmente e de maior valor. Vale algumas centenas de reais”.
Quanto mais precioso o material, maior deve ser também o valor da moeda, logo as de ouro, de prata são as mais valorizadas.
“Além das de Dom Pedro II, algumas de prata da época do Getúlio Vargas, principalmente as comemorativas, também são vendidas por um bom valor”, afirma Avelino. Os materiais menos nobres que a prata já não têm valores tão extraordinários.
O numismata aponta ainda que, para ter um valor significativo, o metal precisa estar em bom estado de conservação.
Há colecionadores, no entanto, que valorizam as moedas que sofreram leves graus de oxidação ou outras marcas, pois conferem o tempo de vida.
Outra característica valorizada é a raridade da moeda, quanto mais rara, mais ela deve valer.
“Tem gente que coleciona moeda com defeitos de fabricação. Seja uma letra que faltou ou algum outro traço. Eu aconselho que, descobrindo uma coleção de moedas, a pessoa procure um especialista”, acrescenta o numismata.
Há ainda a opção de juntar coleções de séries especiais, como as de R$ 1 comemorativas das Olimpíadas de 2016 que aconteceram no Rio de Janeiro. O conjunto de 16 moedas é vendido, na internet, por cerca de R$ 200.
Para os interessados em começar uma coleção ou vender, a Sociedade Numismática e Filatélica Cearense, até a pandemia, realizava leilões mensais. Outra opção é vender pela internet.
O trabalho da Sociedade é realizado desde 1935 e no blog é possível encontrar algumas curiosidades sobre o universo das moedas. “A gente está envelhecendo e precisa de renovação com mais pessoas jovens se interessando por isso”, afirma Avelino.
fonte: DIÁRIO DO NORDESTE