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Tite não crê em surpresa em duelo contra o Peru e guarda substituto de Jesus: “Estratégia nossa”

Lateral Alex Sandro ainda trata lesão na coxa e não deve ter condições de atuar na semifinal.

Na véspera da semifinal da Copa América contra o Peru, o técnico da seleção brasileira, Tite, participou de coletiva de imprensa e não deu muitas pistas sobre o substituto de Gabriel Jesus, suspenso. Ele também não deve contar com o lateral Alex Sandro, que se recupera de uma lesão muscular na coxa esquerda e não treinou em campo neste domingo.

O treinador disse que, “basicamente, busca equipe equilibrada”. Nas palavras de Tite, a ideia de sistema de jogo é de manter dois jogadores que ataquem o espaço, que sejam dois atacantes verticais.

– Vamos ter composição com dois articuladores e dois médios. Essa é a ideia. Se ele é de lado, de centro, não vou falar porque é estratégia nossa. O que é mais importante é enaltecer o trabalho dessa equipe toda – disse o treinador da Seleção.

O duelo entre Brasil x Peru acontece às 20h desta segunda-feira no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O vencedor vai pegar Argentina ou Colômbia na final, sábado, no Maracanã.

Tite lembrou que muda nomes de uma partida para a outra pois se sente tranquilo com a qualidade dos atletas. Na visão do treinador, os jogadores mantêm o padrão de jogo da seleção brasileira.

– Tem o Everton, um pouco mais de força e imposição de chegada você tem o Paquetá. Fabinho e Casemiro, se quer um jogador com rodinhas você tem Fred, Douglas. Criar essas possibilidades é como vejo a equipe se fortalecer. Para usar alguns exemplos das variações em termos de escalação: tenho três zagueiros jogando muito. Militão jogando muito, Thiago, Marquinhos. Você tem um leque de opções, que nesse momento é fundamental à preparação de toda equipe e esses jogadores que têm feito muita diferença quando entram – comentou.

O técnico Tite e o auxiliar Cleber Xavier fizeram breve retrospectiva dos últimos confrontos. Foram seis desde que a comissão técnica assumiu a Seleção, com cinco vitórias brasileiras e uma peruana (em amistoso).

– As duas equipes têm tradição de enfrentamento. Fizemos final, fase de grupos, Eliminatórias. Mas termina qualquer observação a partir daí, de prognóstico. Tudo é diferente, realidades, equipes, jogo “mata”, nível de exigência muito alto. Jogar melhor para passar, isso que queremos e o Peru também – disse o técnico da Seleção.

– Foram jogos muito difíceis, com exceção do primeiro jogo de 2019. Esse (último) foi 4 a 0, mas foi muito duro. Gols que deram o placar elástico foram no final. A gente conhece a seleção do Peru, eles nos conhecem. Trabalhamos hoje o último treinamento, com nossas estratégias ofensivas e defensivas. Eles perdem um jogador importante como o Carrillo, ganham outros como Peña e Lapadula. Mantêm jogadores experientes como Trauco, Yotún, Cueva. Equipe agressiva, com marcação média muito forte – comentou o auxiliar técnico de Tite.

Questionado se acreditaria em novidades entre as equipes depois de tantos confrontos nos últimos anos, Tite disse que não. E aproveitou para dizer que não entende que exista realidade na velha expressão usada: o nó tático.

– Não acredito (em surpresa), nem a nosso favor nem contra. Quando se monta uma estrutura, tem detalhes específicos que com cinco minutos de observação você vai ajustar. O que tem é vantagem técnica, mais tempo, entrosamento da equipe. Entrosamento do técnico com a equipe, momento do atleta, qualidade técnica individual. Não acredito em nó tático. Quando foi a meu favor, não acreditei. Esse elogio para mim… Você sabe que não é (verdadeiro). O que se tem é um agudo de um lado, dois atacantes centrais. É toda uma estrutura que a gente deve analisar, essas variáveis todas que são importantes em um jogo de futebol. Mais que tudo é um jogo mental, principalmente em jogo único.

Quem joga?

Existem duas dúvidas na escalação de Tite. Uma delas, sobre a presença de Alex Sandro. Ele não treinou nos últimos dias, não foi para o banco contra o Chile e dificilmente vai ter condições de jogo para a partida. Renan Lodi segue na lateral.

A outra questão é sobre o substituto de Gabriel Jesus, expulso contra o Chile. Disputam lugar na equipe Lucas Paquetá e Everton Ribeiro. Outra possibilidade seria a entrada de Gabigol, mudando a configuração do ataque. Contra o Chile, atuaram Jesus, Roberto Firmino, Neymar e Richarlison.

Uma possível escalação do Brasil para a semifinal da Copa América é: Ederson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro, Fred e Lucas Paquetá; Roberto Firmino, Neymar e Richarlison.

Tite foi questionado sobre a alternância de titulares no setor de meio de campo e se estava buscando alguma característica para manter a mesma equipe. O treinador disse que existem muitas variáveis para se definir quem se sai melhor ou pior desde o início de uma partida.

– Seguramente, o futebol é o esporte coletivo com maior número de variáveis que você não consegue controlar. Quando uma equipe marca mais no primeiro tempo, no segundo ela se desgasta e abre mais espaços. Às vezes em um setor você tem um jogador mais ou menos marcador. As construções quando a equipe tem um gramado bom, você explora mais um setor. São muitas variáveis. O que a gente procura trazer pros atletas é que mantenham um padrão. Mas essas oscilações são da compreensão de um esporte que tem o maior número de variáveis que não são controladas. Diferente do basquete, do vôlei. A efetividade, por vezes, fala mais alto que o melhor desempenho.

Confira outras respostas da coletiva

Diferenças para a Eurocopa

– A comparação por si só já é difícil, você fica sem referências. Ela começa com tempo de preparação, passa por público nos estádios, gramados de grande qualidade. É muito difícil comparar e trazer. A Dinamarca ou República Tcheca estavam na iminência de serem as quatro equipes das semifinais, de serem surpresa. Você tem que olhar de uma forma mais profunda, senão fica meio aleatório, querer ter opinião pra tudo. Tem que aprofundar o tema. Eu não tenho condições porque não estou devidamente aprofundado em relação à Euro. Mas a gente tem que ter, e eu tenho, bastante cuidado em termos comparativos.

Quatro técnicos se repetem na semifinal dois anos depois

(Cleber Xavier) – Peru fez uma boa Copa de 2018, o trabalho do Gareca é de altíssimo nível, chegando de novo em uma fase decisiva. Ele remontou a equipe do momento difícil das Eliminatórias para a Copa América. É uma equipe que cresce, tem renovação. O mesmo acontece com a Argentina, Lionel Scaloni tem descoberto novos atletas a cada dia, trouxe novos para essa competição. E o professor na Colômbia (Reinaldo Rueda) tem um trabalho novo, sai do Chile para assumir uma Colômbia ainda descobrindo algumas situações. E se encontra já dentro do torneio fazendo grandes jogos, vai ser duro do outro lado. São duas decisões difíceis. Três equipes que estão evoluindo com o mesmo treinador e uma que está começando um trabalho.

(Tite) – Mesmo assim, Rueda conseguiu classificação extremamente importante. Uruguai x Colômbia foi muito bom jogo, de extrema qualidade técnica das duas equipes.

Dúvida sobre substituto de Jesus?

– Tive dúvidas pela qualidade dos atletas e pelo nível de desempenho que estão tendo na competição toda.

Qualidades de Paquetá

– Gosto de quem joga bem. Ele é bom atleta, boa pessoa. Não tenho preferência. Houve momentos em que ele não foi convocado. A gente tenta medir o que acreditamos ser justo.

(Cleber) – É um dos nove sub-23 que temos no grupo. É um atleta que saiu do Flamengo com pouco tempo, não conseguiu performar bem no Milan. No Lyon foi escolhido o melhor do campeonato duas vezes nos últimos três meses. Tem desenvolvido funções diferentes no Lyon, com a gente cresceu muito no trabalho. Importante esse período de 36 dias que estamos tendo com os atletas, conseguimos ter uma continuidade. Vive um grande momento, tem entrado bem. Esses atletas sub-23 e os que vêm com poucas convocações têm nos dado grandes respostas dentro dos jogos.

Carinho pelas redes sociais

– Procuro me filtrar muito de tudo. Não tenho redes sociais, procuro não ler nada. O jogo que nós, atletas e comissão, jogamos é diferente do jogo da imprensa, da torcida. É tão mental, tão absorto que ficamos no nosso trabalho, que abstrai tudo. Eu sou assim. Claro que a gente fica sabendo de alguma forma e ficamos contentes quando os comentários são elogiosos. Mas o futebol te traz paixão na proporção exata do resultado. Te traz elogio, o contrário é da mesma forma. Eu procuro entender isso com naturalidade. É aquilo que o esporte exige que a gente tenha de lucidez, (para) enfrentar essa atividade que é bastante exposta.

Por Bruno Cassucci e Raphael Zarko — São Paulo e Rio de Janeiro

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