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Unidades de elite da PF e PRF chegam para reforçar buscas por fugitivos de presídio federal

Integrantes do Comando de Operações Táticas da PF e do Grupo de Reposta Rápida da PRF devem atuar na região a partir desta sexta. Eles foram enviados a pedido do Ministério da Justiça.

Unidades de elite da PF e PRF chegam ao Ceará para reforçar buscas por fugitivas de presídio de segurança máxima — Foto: Aline Oliveira/TV Verdes Mares

Unidades de elite da PF e PRF chegam ao Ceará para reforçar buscas por fugitivas de presídio de segurança máxima — Foto: Aline Oliveira/TV Verdes Mares

Um grupo da unidade de elite da Polícia Federal chegou ao Aeroporto de Aracati, no Ceará, na manhã desta sexta-feira (16), para se unir à operação de fiscalização e buscas na divisa entre o Ceará e o Rio Grande do Norte após fuga de detentos da Penitenciária Federal de Mossoró.

Ao todo, a PF enviou 25 integrantes do Comando de Operações Táticas, considerado uma unidade de elite da estrutura. Eles se juntam ao Grupo de Resposta Rápida da Polícia Rodoviária Federal (PRF), também considerado uma unidade de elite.

Agentes trabalham na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte. — Foto: PRF-CE

Agentes trabalham na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte. — Foto: PRF-CE

O avião com os 32 agentes partiu de Brasília às 9h41 e chegou ao Ceará às 12h. Os novos agentes se unem à operação de procura pelos fugitivos. Ao todo, mais de 300 agentes de segurança trabalham desde a quarta-feira (14) para recapturá-los.

Parte dos agentes atuam nas rodovias BR-304, BR-437 e BR-110, principais acessos aos estados do Ceará e Paraíba, como também Pernambuco.

A força-tarefa de segurança que atua em Mossoró acredita que os dois fugitivos não conseguiram ir para muito longe e ainda podem estar escondidos na região das buscas, o que justifica o envio imediato dessas equipes para apoiar nas buscas.

Os presos fugitivos são: Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Querubim, e Deibson Cabral Nascimento, o Tatu. Os nomes deles foram incluídos na lista da Interpol de procurados internacionalmente.

Agentes atuam nas rodovias BRs 304, 437 e 110, principais acessos aos estados do Ceará e Paraíba, como também Pernambuco. — Foto: PRF-CE

Agentes atuam nas rodovias BRs 304, 437 e 110, principais acessos aos estados do Ceará e Paraíba, como também Pernambuco. — Foto: PRF-CE

Dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar – preso na mesma unidade – e foram transferidos para o presídio federal de Mossoró após se envolverem em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco (AC).

Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco presídios de segurança máxima.

Detalhes da fuga

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no anúncio desta quinta-feira (15) sobre novas medidas para segurança nos cinco presídios federais, deu detalhes de como a fuga dos presos ocorreu.

  • Fugiram por falhas no teto: A fuga foi realizada, inicialmente, pela luminária da cela, segundo o ministro. O movimento foi facilitado por falhas no revestimento ao redor da luminária. Em vez de o teto ser revestido por concreto, foi realizado um trabalho comum de alvenaria.
  • Passaram pelas tubulações: quando os detentos conseguiram sair pela luminária, segundo o ministro, eles entraram para o shaft — parte onde ficam as tubulações –, e de lá conseguiram acessar o teto. A pasta afirmou que não havia nenhuma grade ou proteção, detalhe que faz parte do planejamento de construção.

Utilizaram ferramentas de construção: quando os criminosos ultrapassaram esses obstáculos, foram encontradas ferramentas usadas para a reforma do presídio. O ministro ainda relatou que os presos se depararam com um tapume de metal que protegia o local reformado, ultrapassaram a área e cortaram com um alicate as grades da penitenciária.

Por g1 CE

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